É indiscutível que o mobile commerce tem ganhado mais força a cada dia. O relatório divulgado pelo ebit aponta que no mês de janeiro de 2015 o índice de share do m-commerce alcançou 9,7%, sendo que no mesmo período no ano passado foi de 4,8%. Os lojistas estão preocupando-se com esta realidade que já não pode ser mais vista apenas como tendência. Mas, na hora que decidem tornar seu e-commerce adequado para o acesso e vendas através de dispositivos móveis, bate a dúvida de em qual modelo investir: layout responsivo, mobile ou aplicativo? Vamos conceituar cada um deles brevemente:

O  layout responsivo consiste na adaptação do layout original desenvolvido para exibição em desktop para telas menores, como a de smartphones. A versão mobile, em contrapartida, envolve a criação de um novo modelo de site totalmente novo, sendo especificamente desenvolvido para visualização nestes dispositivos. Sendo assim, ambos são acessados através do browser normalmente. Já o aplicativo é um software, o qual precisa ser instalado pelo usuário para sua devida execução.

O layout responsivo apenas adequa o site do desktop para telas menores, como falado anteriormente. Isso significa que as mesmas informações, como banners, efeitos de javascript e fotos continuam sendo processadas, apenas são ocultadas da exibição conforme a diminuição da tela. Isso deixa a navegação muito mais lenta, sendo que a maioria das pessoas não possui um pacote de dados de internet muito bom contratado para o celular. Em compensação, o layout responsivo tem a vantagem de manter o mesmo HTML, o que é positivo para o SEO.

A Froont elaborou uma sequência de gifs que ajudam a explicar o conceito do design responsivo, um deles segue abaixo. Você pode conferir a série completa clicando aqui.

Já o mobile é um site criado exclusivamente para navegação mobile, pois essas informações não são apenas “ocultadas”, mas sim excluídas de fato do layout, não precisando serem interpretadas pelo dispositivo. É, portanto, desenvolvido de forma otimizada para sua função. Porém, para o SEO, perde para o layout responsivo, já que este possui um outro HTML, o que pode resultar em conteúdo duplicado e consequentemente prejudicar o SEO.

Desktop:

Mobile:

O aplicativo, por sua vez, tende a ter uma performance e proporcionar uma experiência de usuário muito superior (assim como o custo para desenvolvimento). Porém o grande problema é justamente por se tratar de um software, o qual poucos estão realmente dispostos a instalar em seus aparelhos, principalmente quando se trata de uma loja desconhecida. Além do mais, hoje todos buscam agilidade e praticidade. Ter de instalar um software para poder efetivar uma compra parece muito mais “trabalhoso” para o usuário. É um passo a mais para concretizar a venda.

É válido ainda lembrar que um app ainda ocupa espaço de armazenamento do aparelho. Pense só: o usuário quer comprar da sua loja e precisa baixar o app mas está sem espaço disponível. Ele terá que excluir arquivos, talvez desinstalar outros apps, para prosseguir. O mais provável é que busque outra loja que funcione através do browser. Sem contar que, se um usuário chegar até sua loja pelo celular através de links no Google shopping e comparadores de preço, por exemplo, ele será direcionado para o site e não para o app.

O app é vantajoso se é necessário realmente recursos diferenciados que não sejam bem executados no navegador e para aquele cliente que pretende comprar da loja outras vezes, portanto, irá utilizar o mesmo com uma certa frequência. Considero, portanto, a utilização de aplicativo viável somente se for feita de maneira complementar ao mobile ou layout responsivo, que é o que muitas grandes empresas vêm fazendo, dando a oportunidade do usuário optar pelo que melhor lhe convém. O que se torna obrigatório é, então, que o lojista opte ou pelo layout responsivo ou pelo mobile e, se achar necessário, simultaneamente um aplicativo. Porém, não deve de forma alguma optar somente pelo app.